
Poeira,
Fumaça
e Sonhos
O primeiro ensaio pragmático do historiador itapirense João Marquezini, utilizando-se da Memória como fonte, ferramenta e metodologia na interpretação dos fragmentos que formam a Cultura Caipira, na investigação das Raízes mais profunda da Queima do Alho.
Literatura Caipira
raízes profundas da
Queima do Alho
Acompanhe o Processo Criativo
Cada livro carrega uma história dentro e fora das páginas. Aqui, você acompanha o caminho percorrido por Poeira, Fumaça e Sonhos, desde o primeiro sopro de ideia até o momento do lançamento.
1. Idealização 🌟
Poeira, Fumaça e Sonhos surgiu como uma tentativa de capturar o intangível, o poético e o real.


2. Pesquisa 📚
Tentei explorar a profundidade da Queima do Alho, como manifestação completa da Cultura Caipira.
As primeiras palavras vieram como poeira no vento, livres, fragmentadas e cheias de energia criativa.
3. Rascunhos 🛠️






4. Desenvolvimento 📝
Escrevi cerca de 2/3 do esperado para esse livro. Tenho algo de machadiano nesse parte do processo.




6. Lançamento 🐎
5. Ajustes Editoriais 📖
Celebraremos juntos o lançamento de mais um episodio da fascinante História do Brasil.
Revisões finas, leitura crítica, preparação visual e técnica, para garantir o resultado esperado.
Numa aldeia muito distante, o caçador se perdeu nas trilhas do mato, no final do dia.
Mutirões foram enviados.
Na terceira empreitada o encontraram, fraco e com muita fome. No seu balaio haviam três mutun, dois dourado e um cacho de bananas.
Guerreiro, por que não comeu?
Não trouxe farinha.
A farinha é um símbolo forte do desenvolvimento da humanidade, sendo um dos primeiros alimentos processados a partir de grãos. Europeus, Africanos, Asiáticos e americanos utilizam a farinha de trigo ou milho como base para massas, mingaus e bebidas. Para muitos povos ancestrais, não era apenas alimento, mas parte essencial da criação. Astecas e Maias, por exemplo, acreditavam que somos feitos de massa de milho.
No Brasil, mesmo antes do Brasil, já se conhecia a farinha de milho. Aqui nasceu a farofa, sendo a farinha protagonista. A farinha de mandioca não é apenas ingrediente, mas prato principal, ricamente temperado e harmonizado, cuja textura varia de seca e solta até o pirão.
A mandioca, originária da Amazônia, se espalhou pelas Américas, junto com o milho mexicano. Na nossa culinária, ainda se destaca, servindo como prato em si, assada, frita ou na farofa, e como base de coxinhas, biju e bolo. Entre as receitas tradicionais caipiras, temos a Vaca-tolada: costela bovina selada e cozida lentamente com mandioca, formando um caldo espesso e saboroso, que nos leva à infância.
O trigo veio do Oriente Médio e chegou às Américas na expansão marítima, assim como o café, nosso ouro verde. Muitas famílias unidas cultivam milho, trigo ou mandioca, mantendo uma rede de logística, mutirões e métodos aprimorados ao longo dos séculos. Engenhos, moendas e secadores transformam a farinha em formas e sabores variados, mostrando um sistema que distingue, para muitos, barbárie e civilização.
O coração desse sistema é a mandioca, e a força para transformar raiz, grão e semente em refinado pó vem do boi, como a poeira do estradão. Não podemos esquecer os quatro milhões de seres humanos escravizados no Brasil para cultivar cana, café, mandioca, milho, arroz, feijão e fumo. Homens, mulheres e crianças, forçados a lidar com gado e mulas, desligados de seus nomes e sabores.
Povo forte, guerreiro e trabalhador, não respondeu como igual a seus senhores, mas foi superior. Presenteou-nos com pimentas, ervas e unguentos, além de manifestações religiosas que integram nossa cultura: Congada, Folia de Reis e pagode de Tião Carreiro.
Entre o Nelore e a Tilápia, cabe exaltar o boi, que chegou amarrado e menosprezado, incorporado aos engenhos como motor de trabalho. Moendo cana, triturando milho, trigo e mandioca, girando secadores de café, foi companheiro na solidão e força no trabalho até o século XIX, quando as linhas férreas transformaram músculos em carne. Só lhe restou a força para o trabalho e o companheirismo silencioso.
Boi Fubá
Mostra do livro: Poeira, Fumaça e Sonhos
Material de Divulgação
Como parte dos trabalhos de divulgação a Organização Druida Caipira apresenta informações, sugestões e pautas sobre o desenvolvimento do primeiro livro do nosso Comissário, João Marquezine, que já se encontra em cerca de ⅔ do trabalho realizado e convida o leitor a uma imersão cultura nas raízes do Brasil.






Sobre o Jaum


Nascido em Itapira, SP, e com formação diversa, João possui um conhecimento prático e teórico aprofundado das culturas, valores e espiritualidades rurais. Essa vivência autêntica lhe confere uma perspectiva única sobre o universo caipira, refletindo sua conexão genuína com as raízes do campo e a sabedoria ancestral que molda sua identidade.
Comissário Druida Caipira | Agencia de Comunicação;
Comissário da Queima do Alho | APAE de Itapira;
Técnico de Apoio Agropecuário | UDA de Itapira;
Ilustrador | Linhas, alegorias e semiótica;
Historiador | Mentalidade, antiguidade e campesino;
João Marquezini
Comissário Druida Caipira
